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Selic deve ficar em 7,25% até meados de 2013

Fonte: http://exame.abril.com.br

São Paulo – O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou mais um corte na Selic ontem, levando a taxa a 7,25%. A queda foi menor do que a anunciada nas outras reuniões e a decisão não foi unânime: entre oito membros do comitê, três votaram pela manutenção da taxa básica de juros em 7,50%. O corte deixou a impressão de que a Selic não vai mais mudar esse ano.


O fato de o Banco Central ter citado, no comunicado emitido após a reunião, “a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado” sinalizou que o ciclo de cortes na taxa básica de juros chegou ao fim, no entendimento de algumas instituições financeiras (veja o comunicado na íntegra no final da matéria).


Para o Bank of America Merril Lynch, a combinação de uma decisão dividida (cinco votos pelo corte e três pela manutenção em 7,50%) com uma linguagem que indica que o ciclo de flexibilização monetária acabou, “fecha a porta para cortes adicionais na taxa, a menos que o cenário mude”, afirma relatório assinado pelo economista David Beker. Apesar da manutenção ser mais provável que o corte, Beker afirma que o momento é incerto e depende de muitas condições.


Em relatório, o Itaú também destacou o comunicado emitido pelo Comitê após a reunião, onde o Copom mostra, segundo o banco, conforto com a taxa de juros anunciada ontem. Para o Bradesco, a decisão de ontem, “definitivamente encerra o ciclo de queda da Selic”, iniciado há mais de um ano, segundo relatório assinado pela equipe técnica do banco.


Para o Itaú, a decisão de encerrar o ciclo de cortes está relacionada à percepção de que a economia já recebeu estímulo monetário (fiscal e outros) substancial. O banco acredita que a taxa básica de juros seguirá em 7,25% até meados de 2013. “Assim que a recuperação econômica se mostrar sustentável, acreditamos que o Copom vai começar a remover parte do estímulo, elevando a Selic para 8,50% durante a segunda metade do próximo ano”, segundo o relatório do banco assinado por seu economista-chefe, Ilan Goldfajn, e pelo economista Caio Megale.


A agência classificadora de risco Austin Rating também acredita na manutenção da Selic em 7,25% até meados de 2013. Para a agência, caso o comportamento da inflação em 2013 e as perspectivas para 2014 fiquem muito fora do centro da meta (4,5%) e indiquem maior proximidade com o limite superior (6,5%), é muito provável que a autoridade monetária adote medidas de contenção de preços antes de iniciar um ciclo de alta da Selic. A Austin acredita que esse ciclo de alta na taxa básica de juros deverá ocorrer a partir da segunda metade de 2013 até atingir algo ao redor de 8,75%”.


As taxas vão acompanhar o corte de 0,25 ponto porcentual ao ano aplicação à Selic - equivalente a 0,02 ponto porcentual ao mês


No crediário pessoal, para os clientes que recebem salário pela conta corrente do Itaú, as taxas cairão do atual intervalo entre 1,87% a 4,81% para de 1,85% a 4,79% ao mês. Já no cheque especial (LIS), os juros passarão de 3,42% a 4,81% para de 3,40% a 4,79% mensais.


Para os demais clientes de varejo, as taxas do crediário pessoal serão reduzidas dos atuais 2,01% a.m. a 6,58% a.m. para de 1,99% a 6,56% mensais. As do cheque especial passarão do intervalo de 5,16% a 8,77% ao mês para de 5,14% a 8,75% mensais.


Para os clientes do Itaú Empresas será reduzida a taxa máxima de juros do cheque especial (LIS) dos atuais 8,77% ao mês para 8,75% ao mês, no Capital de Giro de 5,38% ao mês para 5,36% ao mês e na antecipação de recebíveis de duplicatas, cheques e cartão, os juros máximos cairão de 4,78% ao mês para 4,76% ao mês


 

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